“A participação das mulheres é cada vez maior”, disse a assessora de projetos da FLD, Patrícia Rodrigues, que integra a equipe do projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta, sobre os grupos de mulheres criados para promover formação sobre o acesso a políticas públicas, com enfoque em justiça de gênero. “Estamos muito animadas na equipe com o interesse e a abertura com que somos recebidas.”
Os encontros funcionam como espaço de reflexão e partilha de vivências, onde são abordadas temáticas como acesso a direitos, direitos das mulheres e relações de gênero e violência doméstica. A iniciativa atende uma das prioridades do projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta, que é o fortalecimento do protagonismo das catadoras.
A partir da discussão sobre violência contra as mulheres, conforme proposto no projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta, alguns grupos organizaram nas suas cidades a exposição Nem tão Doce Lar. Criada pela FLD, é uma mostra interativa, que denuncia a violência, por intermédio da reprodução de uma casa, e repassa informações sobre canais de apoio às vítimas, com cartazes espalhados pelo espaço e a parceria de organizações que integram as redes de atendimento à mulheres em situação de violência.
Os grupos, de associações e cooperativas de Canoas, Encruzilhada do Sul, Gravataí, Porto Alegre, Rio Pardo, São Francisco de Assis, Uruguaiana e Viamão reúnem-se uma vez por mês. Só em 2016, foram realizados 58 encontros.
Para a assessora de projetos Graciela Cornaglia, outra integrante da equipe do projeto, com os grupos de mulheres “estamos ensaiando novas formas de viver a cidadania, a igualdade, lutar por direitos, além de compartilhar nossas vidas e refletir sobre nossa realidade”.
O projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta é executado pela FLD, em parceria com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e financiado pela União Europeia (UE).