A FLD, juntamente com a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), Koinonia Presença Ecumênica e Serviço e Christian Aid, membros brasileiros da coalização internacional Aliança ACT (http://www.actalliance.org), encaminhou uma carta ao ministro das Relações Exteriores, Antônio de Aguiar Patriota, enfatizando “grande preocupação com o processo de preparação da Rio+20.”
De acordo com o documento, o texto que vai orientar as negociações na Rio+20 (O Futuro que queremos) é extremamente longo e com poucos sinais de concordância, entre Estados-membro sobre os itens mais importantes no que se refere a desenvolvimento sustentável. “Mesmo conceitos já conhecidos, como ‘responsabilidades comuns, mas diferenciadas’ e ‘poluidores pagam’, correm o risco de não serem considerados”, afirmam os signatários.
Na carta, pede-se que Patriota assuma, na rodada de negociações informais que está sendo realizada em Nova Iorque de 23 de abril até cinco de maio, um papel decisivo para garantir que a Rio+20 alcance os melhores resultados, identificando respostas ousadas para a sustentabilidade do planeta.
Para a Aliança ACT, a Rio+20 precisa mostrar força e levar a mudanças, na direção de uma sociedade menos calcada em crescimento e consumo. “Isto exige comprometimento na discussão de temas como energia para todos, regulação do setor privado e oferta de financiamentos”, afirma o documento.
Adicionalmente, ACT espera que a Rio+20 possa contribuir para o quadro de desenvolvimento pós-2015, depois de finalizado o processo dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Tais compromissos deveriam incluir, por exemplo, uma revisão global de prevenção e de resposta a desastres.