Pense em sustentabilidade do mundo. Agora, pense nas coisas que, para você, põem a sustentabilidade em risco. Em termos gerais, esta foi a proposta da oficina organizada pelos jovens luteranos do projeto Criatitude, realizada no dia 19, durante a Cúpula dos Povos, na Rio+20.
Katilene Willms Labes, coordenadora do Conselho Nacional da Juventude Evangélica da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), apresentou a oficina, que reuniu jovens da IECLB e da Rede Ecumênica da Juventude (Reju), em uma das tendas do Religiões por Direitos – um dos muitos espaços montados na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo.
“Durante a oficina, foi possível perceber que ainda existe, entre os jovens, uma preocupação mais individual, mas que a consciência coletiva está sendo despertada”, disse Katilene. “A oficina buscou ampliar o olhar para a situação do mundo, desafiando para a tomada de ações que resultem em um bem para o mundo todo, e não apenas para o que temos à nossa volta.”
O exercício proposto para os e as jovens participantes foi desenhar uma pessoa em um papel e dividi-la em duas partes. Em uma das partes, os grupos deveriam ilustrar o que mais preocupa em termos de sustentabilidade. A outra deveria ser preenchida com sugestões de soluções e caminhos possíveis para o cuidado com a Criação.
Para inspirar os grupos, foram lidos diversos textos da atualidade, que falam sobre questões de agressão à Natureza, considerando também o ser humano. Também foi lido Gênesis 1.3 e 2.1-3, sobre a criação do mundo: Gênesis 1.31: “E Deus viu que tudo o que havia feito era muito bom. A noite passou e veio a manhã. Esse foi o sexto dia.” Gênesis:2.1-3: “Assim terminou a criação do céu, e da terra, e de tudo o que há neles. No sétimo dia Deus acabou de fazer todas as coisas e descansou de todo o trabalho que havia feito. Então abençoou o sétimo dia e o separou como um dia sagrado, pois nesse dia Ele acabou de fazer todas as coisas e descansou.”
“Entendemos que o dia de descanso proposto por Deus é uma metáfora para lembrar que toda a Criação deve conviver, em paz. Isso inclui as pessoas: não somos seres superiores. Não fomos criados e criadas para mandar na Natureza. Nós fazemos parte desse sistema.”