As diversas etnias indígenas que participaram da Cúpula dos Povos – cerca de 20 delegações – são destaque no Aterro do Flamengo, durante a Cúpula dos Povos. Com suas vestimentas, trazem alegria ao ambiente, mas também têm uma série de reivindicações e pedidos para o Governo Federal.
Awa Aridju (na foto) pertence à etnia Guarani Mbya, e vive na Aldeia Renascer Ywyty Guaçu, localizada em Ubatuba (SP). “Viemos em 60 pessoas. Nosso pedido é pela demarcação da terra onde vivemos. O processo já dura 13 anos e não temos nenhuma definição ainda. Também estamos gritando contra o Governo Federal e contra a construção de usinas, como a de Belo Monte. Isso traz muita destruição, e os resultados prejudicam não somente a nós, mas a todo o povo brasileiro.”
As maiores preocupações do cacique e professor Milton Jorge Turi Rondon, dos Terena que vivem na região de Rondonópolis (MS), são a saúde, a educação e a sustentabilidade. “A única coisa que temos recebido do governo é descaso. Especialmente no que se refere à saúde, que é a coisa mais importante para o ser humano.”