A FLD lançou na quinta-feira, dia 2, os materiais promocionais da Rede de Comércio Justo e Solidário, que têm entre os objetivos, conforme o secretário-executivo Carlos Bock, promover a articulação dos projetos entre si e colocá-los em diálogo com as comunidades luteranas.
Ele lembrou do lançamento da Rede, em 3 de junho de 2012, na cidade de Igrejinha (RS), durante o Dia da Igreja do Sínodo Nordeste Gaúcho, onde cerca de nove mil pessoas conferiram a exposição. “O nosso desafio é comunicar, visibilizar não só os produtos da rede, mas os valores que os empreendimentos solidários carregam,” disse.
Segundo a assistente de projetos da FLD, Marluí Tellier, a rede contempla iniciativas nas áreas da alimentação, artesanato, vestuário, reciclagem e serviços. Constituiu-se um comitê gestor, o qual se reúne periodicamente para avaliar e realizar a gestão da Rede de forma coletiva. “Iniciamos com 18 grupos e, hoje, são 44 grupos envolvidos. Acreditamos no potencial da Rede de Comércio Justo e Solidário,” disse.
A ideia da Rede de Comércio Justo e Solidário nasceu como uma iniciativa da FLD, que identificou a dificuldade para a comercialização dos produtos feitos de forma solidária. De acordo com Susanne Buchweitz, assessora de comunicação da FLD, “a construção dos materiais foi conjunta, um longo trabalho feito com muito amor e carinho”. Ela apresentou o site comerciojustofld.com.br , que disponibiliza informações sobre produtos e contatos dos grupos. “O site é uma vitrine do comércio justo e solidário, vai beneficiar também os grupos que não possuem sites de divulgação,” disse Susanne. Um vídeo educativo, que poderá ser utilizado em escolas, pode ser acessado no site da rede.
O incentivo ao comércio justo e solidário é também um incentivo à cultura local, como no caso do grupo que trabalha com bijuterias de escamas de peixes, ou o resgate da história, como o grupo que borda panos de parede e camisetas segundo a tradição dos antepassados alemães. Todos os grupos promovem o fortalecimento dos laços familiares e comunitários. A capacidade das cidadãs e dos cidadãos para encontrar soluções locais para a geração de trabalho e emprego fica evidente.
O presidente do Conselho Deliberativo da FLD, Roni Bonow, não pôde participar do evento, mas enviou mensagem lida aos presentes, na qual destacou os objetivos comuns que os clientes e os empreendedores da Rede têm, como o de buscar uma vida de qualidade e ajudar na construção de relações sociais mais humanas e solidárias.
Presenças
O papel das mulheres na construção da rede mereceu o destaque da secretária estadual de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM/RS), Ariane Leitão. “Acreditar no potencial das mulheres é apostar no desenvolvimento do estado. Nós, aqui representando o governador do RS, ele que é um entusiasta da nossa SPM, trabalhamos em conjunto com a ministra Eleonora (Minicucci, ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres), buscando apoiar políticas públicas inclusivas. A superação das violências praticadas contra as mulheres só vai acontecer quando elas tiverem autonomia,” disse.
O pastor sinodal do Sínodo Nordeste Gaúcho (da igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB), pastor Altemir Labes, reafirmou o desafio que todos têm pela frente de tentar ampliar o diálogo sobre a importância do comércio justo e solidário bem como contribuir na propagação da rede. “Divulgaremos os materiais e seguiremos conscientizando as paróquias e instituições luteranas para que busquem adquirir produtos da Rede de Comércio Justo da FLD.”
O secretário de Ação Comunitária da IECLB, Mauro Souza, trouxe o abraço do pastor-presidente Nestor Paulo Friedrich, e revelou-se entusiasmado com a novidade que representa a Rede de Comércio Justo e Solidário. Além da FLD, parabenizou os apoiadores da Rede: o Sínodo Nordeste Gaúcho, a Igreja Evangélica Luterana na América (ELCA) e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). A representante dos empreendedores da Rede, Letícia Ballestér, também agradeceu aos apoiadores e, ao destacar a capacidade demonstrada pelos grupos na superação dos desafios, pediu a valorização da oportunidade de ampliação dos públicos para a comercialização.
Prestigiaram, também, a cerimônia de lançamento dos materiais promocionais da Rede de Comércio Justo e Solidário: o representante do Departamento Estadual de Economia Solidária, Alonso Nunes Coelho; a representante do Gabinete do Vice-Governador, Soeli Presser, a vice-pastora sinodal do Sínodo do Noroeste Gaúcho, Tânia Weimer.
A marca, o vídeo, o folder e as chamadas foram desenvolvidas pela Mythos Comunicação, de Blumenau (SC) e o site, pela Mythos junto com a SensoDesign, de Santa Maria (RS). A fotógrafa Dora Bragança produziu todas as fotos para o site.
Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres