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FLD participa do Dia da Igreja do Sínodo Sul-Rio-grandense

FLD participa do Dia da Igreja do Sínodo Sul-Rio-grandense
26 de outubro de 2015 zweiarts

Cerca de mil pessoas participaram do Dia da Igreja 2015 do Sínodo Sul-Rio-grandense, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), realizado no domingo, dia 25, no município de Arroio do Padre (RS). O tema foi Chamad@s para Comunicar – a Caminho dos 500 anos da Reforma Luterana (em 2017, comemora-se 500 anos da publicação das 95 teses de Martin Lutero), apresentado pelo pastor Dr. Martin Dreher.

A secretária executiva da FLD, Cibele Kuss, falou no evento, a convite da pastora sinodal Roili Borchardt, apresentando a organização e seu papel na promoção da Diaconia Transformadora.  “Recentemente, participei de uma Missão Ecumênica, no Mato Grosso do Sul, onde fomos ver de perto a situação do povo Guarani Kaiowá e levar nossa solidariedade”, contou.

Crianças, jovens, pessoas idosas, homens e mulheres estão sendo assassinadas e assassinados a mando de grandes produtores, por que querem voltar para suas terras de origem. As grandes fazendas perfazem 70% do estado do Mato Grosso do Sul, e os povos indígenas estão pedindo somente 3%. Integrantes da Missão Ecumênica ouviram, entre outros, o depoimento de dona Damiana, que perdeu oito pessoas da família, a maioria atropelada propositalmente na estrada, e uma irmã envenenada por avião que pulverizava uma plantação e passou sobre ela, jogando despejando agrotóxicos.

Cibele também lembrou as adolescentes Chaiane Soares Lemes (15) e Franciele dos Santos Soares (14) e a menina a Thais Soares Lemes (9), da Comunidade Kaingang Jamã Tÿ Tãnh, em Estrela (RS), mortas enquanto caminhavam BR 386, para a escola. “Elas foram assassinadas pelo descaso dos governos e pela falta de políticas públicas para populações tradicionais”.

Para denunciar e superar injustiças, é preciso trabalhar na perspectiva da reflexão e da transformação, por meio de ações coletivas de empoderamento, dignidade, superação de desigualdades e de comunhão. “É isto que a FLD entende como diaconia transformadora, que é a essência do seu trabalho.”

Cibele agradeceu o convite e a oportunidade. “Além de fortalecer nossa parceria com o sínodo, pudemos partilhar e celebrar, com as comunidades, os desafios do testemunho da nossa fé”.

A FLD também distribuiu materiais institucionais e de formação, como o Caderno Nem tão Doce Lar, da mostra interativa pela superação da violência doméstica e de gênero, que gerou muito interesse. No mesmo espaço, o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA), parceiro estratégico da FLD, expôs sementes crioulas e outros itens da agroecologia e comercializou peças de artesanato e de vestuário quilombola.

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