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Nem tão Doce Lar: geradora de diálogos e convite à superação de todas as violências

Nem tão Doce Lar: geradora de diálogos e convite à superação de todas as violências
3 de outubro de 2017 zweiarts

Entre os dias 28 e 30 de setembro, a Nem tão Doce Lar, montada no centro de Alegrete (RS), foi visitada por um grande número de pessoas, entre alunas e alunos de escolas públicas, grupos de mulheres e moradoras e moradores locais. A montagem da exposição se deu através da articulação da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Extremo Oeste/Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), por meio do pastor Leomar Pydd, em parceria com a 10ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), a ONG Amoras e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e apoio das prefeituras de Alegrete e de Manoel Viana.

“O tema da violência contra a mulher sempre esteve presente nos diálogos de grupo da paróquia, sobretudo, no grupo da OASE (Ordem Auxiliadora de Mulheres Evangélicas) e nos grupos de mulheres”, contou o pastor. Em 2016, com apoio da Campanha de Mobilização de Recursos da IECLB, Vai e Vem, a paróquia promoveu encontros sobre violência contra mulheres e mulheres na Bíblia. “Destes encontros nasceu a proposta de buscar junto à Fundação Luterana de Diaconia (FLD) a exposição Nem tão doce lar, para ser apresentada em Alegrete. O objetivo foi ampliar a consciência sobre o problema.”

“A vulnerabilidade de crianças, idosos, deficientes e mulheres é uma realidade no nosso cotidiano e, por isso, tratar a questão da violência doméstica é extremamente relevante”, disse a coordenadora da CRS, Heili Matilde Temp, que também é presidenta da comunidade luterana. “Há algum tempo trabalhamos o assunto com as mulheres da comunidade e dos bairros próximos à Igreja, e a abertura tem sido muito grande. Falamos sobre a questão da violência com muita coragem, de forma realista, buscando encaminhar, quando necessário, situações de violência”.

A Nem Tão Doce Lar em Alegrete teve grande receptividade da comunidade e de órgãos públicos. A organização aconteceu por meio de um grupo de trabalho, que teve sua última reunião de preparação no dia 14 de setembro. Ali estiveram representadas a comunidade luterana, a CRS, a Coordenadoria Municipal da Mulher, o Coletivo Feminista Maria Baderna, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Alegrete (UERGS), a ONG Amoras e a FLD.

Nos dias 15 e 16 foram realizadas duas oficinas de formação de acolhedoras e acolhedores na sede da 10ª CRS. Nos dois dias participaram 74 pessoas representantes de organizações governamentais, universidades, organizações da sociedade civil e comunidades da IECLB de Alegrete, Uruguaiana e Manoel Viana. No dia 27 de setembro, antes da abertura da exposição, foi realizada mais uma oficina de formação, dessa vez no auditório da UERGS, com a  participação de 32 pessoas. “A oficina foi excelente, tanto em termos metodológicos quanto de conteúdo”, disse a professora adjunta do Curso de Pedagogia da UERGS, psicóloga Martha Giudice Narvaz, doutora em Psicologia pela UFRGS e especialista na área da Violência Doméstica. “Esperamos que essa seja a primeira de muitas parcerias”.

“Os resultados foram além das expectativas”, afirmou o pastor Leomar. “A exposição Nem tão Doce Lar é geradora de diálogo sobre os diversos tipos de violência e um convite à superação das mesmas”. 

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