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Iniciativas da FLD presentes na maior feira de economia solidária da América Latina

Iniciativas da FLD presentes na maior feira de economia solidária da América Latina
16 de julho de 2019 zweiarts

Foto: Maiquel Rosauro/ Assessoria de Imprensa do Evento


Rede de Comércio Justo e Solidário, o Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa e a FLD participaram, entre os dias 11 e 14 de julho, da 26ª Feira Internacional de Cooperativismo (Feicoop), em Santa Maria (RS). Este é o maior evento de Economia Solidária da América Latina e une, no mesmo ambiente, feiras de empreendimentos econômicos solidários e espaços para formação e debate.

Diversos empreendimentos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que integram a Rede, participaram do encontro comercializando seus produtos, divulgando seus grupos e compartilhando experiências nas diversas atividades formativas que aconteceram no evento. O encontro contou com a participação de 3.500 empreendimentos econômicos solidários organizados em redes, fóruns municipais, estaduais e nacionais, além de organizações, representantes de 23 países, que apoiam e fomentam a economia solidária do Brasil.

No primeiro dia foi realizado o seminário de formação Economia Solidária em Movimento: o Movimento Nacional da Economia Solidária e suas perspectivas atuais , promovido pelo Fórum Gaúcho de Economia Popular Solidária (FGEPS) com representantes de empreendimentos e entidades de apoio de diversos fóruns estaduais de economia solidária.

Já a Rede de Comércio Justo e Solidário promoveu, na sexta-feira à tarde, em parceria com a Rede Bem da Terra eRed de Comercio Justo de Argentina , a oficina Desenvolvimento na Economia Solidária e Comércio Justo: Ferramentas e Desafios na Emancipação . O objetivo foi compartilhar experiências e conhecimentos. A apresentação e resgate histórico foi feita por Leidi Toniolo da Silva, da Cooperativa Vida Saudável e integrante do conselho gestor da Rede. Fernando Silva Trindade, do grupo Teares do Sul e também integrante do conselho gestor, falou sobre a criação e o funcionamento do Fundo Justo Solidário, que foi pensado para a sustentabilidade do grupo.

As mulheres dos empreendimentos também participaram da oficina Resistência das Mulheres, promovida pela Unisol/RS e coordenada por Nelsa Nespolo, também da Unisol, com partilhas de histórias de lutas, persistência e conquistas de direitos. Segundo Nelsa “a luta pela conquista de espaço ainda é árdua. Há muitas mulheres na produção, algumas na comercialização, mas poucas nas direções e representações”. O debate também contou com falas da Aline de Souza, da Unicopas, de Helena Bonumá, da Rede de Economia Solidária e Feminista, e de Genilda Bete de Lima, coordenadora da Cooperitapema (Cooperativa de catadoras e catadores de materiais recicláveis de Itapema/SC), que falou em nome da Rede de Comércio Justo e Solidário.

Cerca de 100 pessoas de fóruns municipais, estaduais e nacional de economia solidária se reuniram no domingo para dialogar sobre os desafios e estratégias do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES). O principal tema foi planejamento da VI Plenária Nacional de Economia Solidária, que será realizada em 2020 com articulações locais e estaduais que envolvem diferentes públicos e setores do movimento de economia solidária no território.

Ato público

No sábado, dia 13, grupos se organizaram em um ato público contra as investidas do setor mineral no estado do Rio Grande do Sul. As denúncias foram realizadas por povos e comunidades tradicionais e contaram com apoio da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), Levante Popular da Juventude, Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Movimento Sem Terra (MST), Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa e Fundação Luterana de Diaconia.

A Abong RS, da qual a FLD faz parte, divulgou na última quinta-feira, 11 de julho, nota que denuncia os impactos ambientais causados pelas mineradoras, desrespeitos as bases econômicas e culturais das comunidades locais, falta de participação das comunidades nas tomadas de decisões e assédios por parte do marketing empresarial e de pessoas que detém cargos de poder. Para ler, clique aqui.