O plano de formação constituído a partir do projeto Innova Ecovida tem sido propulsor de espaços de formação dentro da Rede Ecovida de Agroecologia. Desde o início do projeto, em 2022, já foram realizados quatro cursos com 241 pessoas participantes.
As formações são realizadas seguindo as quatro linhas temáticas do projeto: sementes, mudas de hortaliças, bioinsumos e sistema de plantio direto (SPDH). Segundo o coordenador do Innova Ecovida, Luiz Hartmann, o plano de formação busca subsidiar o processo de pesquisa e inovação em conjunto com as famílias agricultoras.
“As formações têm a perspectiva de transformar realidades e contribuir para a construção de conhecimentos que incidam sobre o manejo dos sistemas de produção, tornando-os mais eficientes”, explica Hartmann.
Ele destaca ainda que o plano de formação é executado a partir das demandas reais das famílias, discutindo suas realidades e ajudando na visualização e implantação de novos planos possíveis de serem realizados. “Queremos superar os problemas e dificuldades existentes”, reforça.
Para Salete Bach, da Coopavi (Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória), de Paranacity (PR), e do Núcleo Libertação Camponesa, “é necessário buscar tecnologias e técnicas que tornem o trabalho menos sofrido, gerar renda e, assim, proporcionar condições para a sucessão familiar”.
Carmem Munarini, do Núcleo Oeste Catarinense, em Chapecó (SC), participou de um curso para aprender a fazer mudas de hortaliças e afirma que a formação veio ao encontro dos desafios e necessidades do trabalho que realiza na unidade familiar.
“As formações nos ajudam a fazer melhor aquilo que a gente já está fazendo. No meu caso, a produção de alimentos, frutas e verduras: meu quintal produtivo está cheio!”, comemora Carmem.
O plano de formação continuará com novas etapas durante o período de execução do projeto, que vai até dezembro de 2025. No próximo dia 22 de maio, está previsto um encontro formativo sobre SPDH em Porto União (SC).
INNOVA ECOVIDA
O Innova Ecovida compõe o programa global “Organizações de agricultores líderes em pesquisa e inovação em agroecologia para sistemas alimentares sustentáveis”, chamado de FO-ledR&I.
O projeto é apoiado pela União Europeia (UE) e Organização de Estados da África, Caribe e Pacífico (OACP), por meio do instituto Infocos Agri-Agência. E é executado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do programa Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA).