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Galinheiros comunitários fortalecem segurança alimentar em comunidades indígenas do Paraná

Galinheiros comunitários fortalecem segurança alimentar em comunidades indígenas do Paraná
7 de março de 2025 Ana Paula

Iniciativa prevê a construção de 64 unidades de criação de aves em mais de 30 comunidades Guarani no Paraná

Por Assessoria de Comunicação FLD

Fotos: Ana Paula Soukef, Fábio Conterno e Jhony Luchmann

 

O projeto OPANÁ: Chão Indígena avança para uma nova fase com o início da construção de galinheiros nas comunidades Guarani do oeste e litoral do Paraná. As obras começaram na última semana e seguirão pelos próximos meses, fortalecendo a segurança alimentar indígena, que é o objetivo principal da ação. 

As estruturas serão implantadas de forma participativa, com o envolvimento direto das comunidades e da equipe técnica do projeto. A definição dos locais e das famílias responsáveis pelo cuidado dos animais foi feita durante a construção dos planos comunitários elaborados no início do OPANÁ. Ao todo, serão implementadas 64 unidades produtivas para aves, distribuídas entre as 32 comunidades participantes.

A construção dos galinheiros começou no Tekoha Nhemboete, no oeste do Paraná, onde estão sendo implantadas três unidades. Adelaide Ramires, cuidadora de um dos galinheiros, conta que há tempos desejava voltar a criar galinhas. “Quando morava no Mato Grosso, eu criava bastante, mas aqui no oeste do Paraná foi mais difícil conseguir a estrutura e os animais. Agora, com o projeto, posso voltar a me dedicar a isso, o que me deixa muito feliz”, compartilha.

Cada galinheiro contará com uma área coberta de 20 metros quadrados, onde serão instalados comedouros, bebedouros e poleiros, garantindo abrigo e conforto para as aves. Ao redor dessa estrutura central, será construído um piquete cercado, cujo tamanho será ajustado conforme a disponibilidade de espaço em cada comunidade. Esse sistema permite que as galinhas tenham acesso a uma área externa, favorecendo a alimentação de livre pastagem e promovendo um manejo mais sustentável.

A iniciativa de construção das unidades prevê a criação de aproximadamente 6.400 aves, com cerca de 100 aves por galinheiro. Todas as aves serão de dupla aptidão, ou seja, aptas tanto para a produção de carne quanto de ovos. Em poucos meses, cada uma pode atingir uma média de 3 kg de carne, garantindo uma fonte robusta de proteína. Além disso, considerando que uma galinha fêmea bota, em média, um ovo por dia, estima-se que cada galinheiro poderá produzir cerca de 50 ovos diariamente.

Após a instalação das unidades e a chegada dos animais, as comunidades continuarão recebendo acompanhamento técnico, com orientações sobre manejo sustentável, reprodução e alimentação das aves. Esse suporte, alinhado aos saberes tradicionais Guarani, será essencial para garantir a continuidade e o sucesso da criação. 

Nas próximas semanas, também terá início a construção das 25 unidades produtivas de suínos previstas no projeto. O OPANÁ: Chão Indígena busca fortalecer a segurança alimentar por meio da implementação dos Sistemas Indígenas de Produção Agroecológica (SIPAs), que incluem, além da criação de aves e suínos, tanques de piscicultura, roçados e quintais produtivos.

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