Caderno síntese das aprendizagens geradas a partir do Projeto Innova Ecovida é lançado durante o EARE
A Rede Ecovida de Agroecologia realizou, entre os dias 21 e 23 de novembro, o 13º Encontro Ampliado da Rede Ecovida (EARE). Nesta edição, o evento foi realizado no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson, em Santa Rosa (RS).
Em 2025, o lema do encontro foi ‘Agroecologia, tecendo caminhos para o bem viver’. A atividade ocorre, ordinariamente, a cada dois anos, em diferentes lugares, alternando entre os três estados do sul do Brasil.
Nele, as delegações de cada Núcleo da Rede Ecovida de Agroecologia se reúnem para aprofundar e articular temas relacionados à agroecologia nos distintos territórios, assim como a realização de discussões de organização política do movimento para o próximo período, alinhando pautas prioritárias e mobilizações.
Além disso, ocorrem oficinas temáticas, seminários e outras dinâmicas, como a Feira Saberes e Sabores, que é a vitrine dos produtos de todas as pessoas integrantes e convidadas da Rede.
Zamir Cardoso, da Coordenação Geral da Rede Ecovida e assessor técnico da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), saliente a envergadura que o encontro teve na edição de 2025 e também destaca a inserção, cada vez maior, das mulheres como um dos grandes avanços da Rede Ecovida de Agroecologia, que busca e privilegia a inserção das mulheres em espaços de discussão e tomada de decisão. “Nesta edição do EARE, tivemos a participação de 1200 pessoas agricultoras, apoiadores da causa da agroecologia, e convidados, compartilhando e fazendo a troca de saberes, de conhecimentos e de práticas realizadas pelas famílias agricultoras agroecologistas. Do total de participantes, 48 por cento do público foi feminino, e também contamos com a participação de cerca de 80 crianças, num espaço adequado, desenvolvendo atividades e práticas que dialogam com a agroecologia e com as questões ambientais”, conclui.
Neste ano, foram realizados quatro seminários temáticos com os temas ‘Pesquisa e inovação de campesina a campesino: aprendizagens do Projeto Innova Ecovida e um olhar para o futuro em Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), bioinsumos, sementes e mudas de hortaliças’; ‘Agroecologia, juventude e o futuro da vida no campo’; ‘Respostas agroecológicas à crise climática’; e ‘Rede Ecovida de Agroecologia: política e formação – tecendo memórias, cultivando futuros’.
O Seminário do projeto Innova Ecovida teve como objetivo apresentar uma síntese geral das aprendizagens geradas a partir do trabalho de pesquisa e inovação implementada pelo projeto nas temáticas de SPDH, bioinsumos e produção de sementes e mudas de hortaliças. Além disso, apresentou o envolvimento do conjunto de organizações parceiras e núcleos de famílias protagonistas na condução dos trabalhos das Unidades de Referência (URs), avaliando o processo de trabalho, seus principais acúmulos e desafios. Avaliou ainda, o percurso metodológico de execução e sua interface com a metodologia Campesina a Campesino (CaC).
Durante o Encontro Ampliado, ocorreu o lançamento do caderno síntese de aprendizagens ‘Famílias Agricultoras protagonistas no processo de pesquisa e inovação em agroecologia’ e também de quatro vídeos sobre a experiência das URs do projeto Innova Ecovida.
- Faça download da publicação no site da FLD e assista aos videos no canal do Youtube da FLD.
Como espaços vivos de troca de saberes, construção coletiva e fortalecimento da agroecologia em suas múltiplas dimensões e territórios, aconteceram ainda 40 oficinas técnicas, realizadas pelas famílias agricultoras participantes.
O Encontro Ampliado contou também com a participação de representantes da Comissão Nacional de Fomento Rural (CNFR) do Uruguai.
Projeto Innova Ecovida
O projeto Innova Ecovida é executado pela Fundação Luterana de Diaconia (FLD), por meio do Programa CAPA de Agroecologia, com a Rede Ecovida de Agroecologia e compõe o programa global ‘Organizações de agricultores líderes em pesquisa e inovação em agroecologia para sistemas alimentares sustentáveis”, chamado de FO-ledR&I. O projeto é apoiado pela União Europeia (UE) e Organização de Estados da África, Caribe e Pacífico (OACP), por meio do instituto Infocos Agri-Agência.
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* Com informações da Rede Ecovida de Agroecologia