Amazônia Viva Alimenta (AVA) é iniciativa do ICV em parceria com a Capina, a FLD e tem financiamento da União Europeia.
Fortalecer organizações da agricultura familiar prejudicadas durante a pandemia da Covid-19. Este é o objetivo do Amazônia Viva Alimenta (AVA), lançado oficialmente durante transmissão ao vivo na noite desta quinta (10). Com financiamento da União Europeia, o projeto prevê o apoio a 20 organizações comunitárias de 10 municípios da Amazônia mato-grossense.
Grupos de mulheres produtoras são um dos focos do projeto. Ao longo dos próximos 3 anos, a expectativa é que os empreendimentos da agricultura familiar recebam incentivos, capacitações e investimentos para que possam se fortalecer economicamente e ocupar espaços dentro de canais de comercialização.
As práticas sustentáveis visam a manutenção da floresta em pé, bem como atrativos sociais e econômicos para as famílias que nela vivem. O AVA é uma iniciativa coordenada pelo Instituto Centro de Vida (ICV), em parceria com a Cooperação de Apoio a Projetos de Inspiração Alternativa (Capina) e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD).
“Estamos em um momento em que a agricultura familiar passou por dificuldades durante a pandemia. Este projeto vem nesse momento para buscar recuperar, auxiliar a agricultura familiar para alavancar suas atividades e se recuperar deste cenário tão difícil que foi a pandemia”, destacou o coordenador de Negócios Sociais do ICV, Eduardo Darvin.
Ao todo, cerca de 650 famílias rurais serão atendidas. A expectativa é de que sejam realizadas formações em viabilidade econômica e gestão democrática, além de pesquisas participativas de mercado e elaboração e gestão de pequenos projetos.
Tesoureira da Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense (Repoama), Eliane da Silva Costa afirmou que as mulheres sempre foram grandes empreendedoras sem reconhecimento, mas que com algumas oportunidades começaram a liderar movimentos e ocupar seus espaços.
“A gente tem muitas mulheres liderando grupos hoje em dia a produção coletiva das comunidades. Eu particularmente, na Repoama, junto nas associações, tenho visto este crescimento do empoderamento feminino e essas oportunidades que tem vindo para as mulheres de mandarem seus projetos”.
Edital aberto
Visando realizar o aporte de recurso financeiro e desenvolver as capacidades de gestão das organizações da agricultura familiar, o primeiro edital de pequenos projetos segue aberto até o dia 30 de março. Ele tem foco na construção de arranjos para viabilidade socioeconômica e ambiental da agricultura familiar e seus empreendimentos.
As propostas de organizações comunitárias da agricultura familiar, com a integração de mulheres em seus quadros de liderança serão priorizadas no processo de seleção.
Serão apoiadas propostas com valores entre R$ 14 mil e R$ 20 mil que atendam aos objetivos e critérios de pré-seleção e avaliação do edital. Serão considerados projetos dos municípios de Carlinda, Colniza, Cotriguaçu, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Paranaíta, Alta Floresta, Itaúba, Nova Santa Helena e Peixoto de Azevedo.