Entre os dias 2 e 3 de setembro, empreendimentos de Santa Catarina e do Paraná se encontraram em Itajaí (SC) para o encontro regional da Rede de Comércio Justo e Solidário. Na ocasião, o grupo gestor achou interessante convidar a Juventude Evangélica (JE) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) para participar e, assim, fortalecer a parceria. A intenção foi, principalmente, partilhar vivências, projetos e trocar ideias sobre como os empreendimentos e a JE podem se auxiliar mutuamente.
”Participar do evento foi transformador. Apesar da Rede já ter participado de alguns acampamentos de carnaval aqui no sínodo, essa foi a primeira vez que pudemos dialogar de forma mais direta, conhecer toda a amplitude do projeto e, principalmente, as pessoas que fazem parte. O que mais nos deixou animadas e animados foi a quantidade de ideias que foram trazidas nessas rodas de conversa. Saímos inspirados por Deus a cuidar da Criação e com muitos contatos de parcerias novas”, afirma Bianca Koffke, da Juventude Evangélica do Vale do Itajaí.
Alessandra Daniel da Cunha, do grupo Pura Arte de Blumenau (PR), foi eleita neste encontro para compor o novo conselho gestor. Para ela, foi a oportunidade perfeita para retomar as atividades presenciais e para conhecer as novas pessoas que integram a Rede.
“Foi bom ouvir os relatos sobre as oficinas que tivemos online em meio a pandemia, como as formações em fotografia e redes sociais. Para o meu grupo, foi muito importante para a qualificação do nosso trabalho, pois os cursos ajudaram a calcular nossos custos, lucros e a saber no que investir”, comenta.
Ela também lembra o quanto o auxílio da Rede e da Fundação Luterana de Diaconia (FLD) colaborou nesse período de isolamento social. “Nosso grupo ficou muito parado durante a pandemia, mas ter a Rede como apoio nos impulsionou. Em meio a um tempo em que a gente não tinha como distribuir nossa produção, mas continuava a ter gastos, a Rede criou um fundo de ajuda financeira para compra de material e colaborou na organização da feira virtual, que foi importante para ampliar o mercado de trabalho.”
Inspirada a ocupar mais espaços e a colaborar na construção de um novo mundo, ela acredita que a Rede é um caminho possível. “É motivador trabalhar em equipe, onde podemos nos fortalecer e começar a participar mais das narrativas do poder público em cada estado. Creio que podemos mudar nossas vidas e a sociedade através de uma rede de apoio, onde o consumo consciente pode traçar metas concretas para mudanças na política pública brasileira”, conclui Alessandra.
Já os empreendimentos do Rio Grande do Sul se encontraram no dia 13 de setembro, na Escola Mesquita de Porto Alegre. Aqui, a parceria foi firmada com a instituição de ensino, que tem sua lanchonete coordenada pela Cooperativa Mista de Trabalho e Produção Bom Samaritano (Cooperbom).
Isabel Cristina de Souza Cunha é representante dessa cooperativa e afirma que a solidariedade da Rede foi fundamental para que as mulheres do grupo conseguissem se reerguer e se reinventar após o roubo sofrido em 2020. Na ocasião, quase todo o material que estava na sede foi levado.
“Pra mim é sempre muito bom fazer parte da construção de tudo que tem a ver com a rede, pois significa fortalecer os nossos empreendimentos de ECOSOL. É fazer parte de um projeto de desenvolvimento e de fortalecimento de tantos empreendimentos com os mesmos princípios. O mais importante hoje foi poder compartilhar nosso espaço de produção e comercialização depois do triste episódio que tivemos”, celebra.
Além do momento de avaliação de atividades realizadas e planejamento de ações futuras, houve a realização de uma feira com produtos da economia solidária, que recebeu estudantes e docentes da escola, e visitação à lanchonete, responsável por fornecer as refeições durante o encontro.
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