A FLD, o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin) e setores de trabalho do Sínodo Vale do Itajaí/Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Conselho Sinodal de Diaconia, Juventude Evangélica e Grupo de Apoio Psicossocial de Base Comunitária – reuniram-se no dia 15 de julho, em Blumenau (SC), para uma reunião de trabalho sobre o Projeto de Apoio à Terra Indígena Xokleng-Laklanõ, afetada por inundações que são agravadas pela Barragem Norte, construída em seu território.
O projeto recebe apoio da Aliança ACT, da qual a FLD é membro, uma organização ecumênica internacional que atua nas áreas de desenvolvimento, ajuda humanitária e incidência. Será executado pela FLD e Comin, com a participação e apoio do Sínodo Vale do Itajaí. As atividades previstas incluem o cuidado com a segurança alimentar de 400 famílias, reparação de telhados de 30 casas, acesso à água através da instalação de poços e capacitação em emergências e no processo de organização de ações de incidência.
Na reunião do dia 15 de julho, coordenada pelo pastor sinodal do Vale do Itajaí, Breno Willrich, foi decidida a participação de representantes dos setores de trabalho no comitê gestor do projeto, juntamente com representação de uma pessoa indígena, do Comin e da FLD, que se reunirão em agosto para um primeiro encontro.
Acompanhadas por integrantes da equipe do Comin, representantes da FLD visitaram as localidades devastadas pelas inundações, sem soluções previstas, devido ao não cumprimento pela Barragem Norte das resoluções judiciais julgadas no decorrer das últimas décadas. Crianças, adolescentes e pessoas idosas, entre as quais pessoas que tiveram suas casas afetadas, estão acampadas ao lado da barragem, como uma ação de protesto ao abandono e ao risco iminente e recorrente de novas inundações.
“É impressionante o impacto avassalador da correnteza da água, que alcançou mais de 20 metros de altura, destruindo pontes e devastando vegetação, alterando encostas e isolando comunidades”, relatou a secretária executiva da FLD, Cibele Kuss. O isolamento causou insegurança alimentar, doenças, perda de trabalho, impossibilidade de escoamento da produção, entre diversas outras situações de inseguranças. A atuação conjunta do Sínodo Vale do Itajaí, Comin e FLD é um passo importante em direção a uma ação concreta de ajuda humanitária e diaconia. Conforme diz o pastor sinodal Breno Willrich: “Um olhar diaconal e projeto de apoio aos povos indígenas atingidos pelas águas no outro lado da barragem norte.”
Foto: Divulgação/Sínodo Vale do Itajaí