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Empreendimentos solidários definem estratégias e rumos do segmento

Empreendimentos solidários definem estratégias e rumos do segmento
8 de junho de 2014 zweiarts

“A conferência estadual foi um momento estratégico de discussão de propostas para o plano estadual de desenvolvimento da Economia Solidaria, onde também foram discutidos outros itens que serão levados à conferência nacional (14 a 17 de dezembro, no Distrito Federal, Brasília)”, disse a assessora de projetos da FLD, Angelique van Zeeland, sobre a 3ª Conferência Estadual de Economia Solidária, realizada nos dias 6 e 7 de junho, em Porto Alegre (RS). A assessora, que integra pela FLD o Conselho Estadual de Economia Solidária, afirmou que foram “momentos de intensas trocas e intercâmbios e construções coletivas”.

Cerca de 800 pessoas, vindas de 12 regiões do RS, participaram do encontro, que foi promovido pela Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe) e pelo Conselho Estadual de Economia Solidária (Cesol). Representantes do setor e especialistas apresentaram diagnósticos, destacando limites, desafios e avanços obtidos nos últimos anos, além de traçar diretrizes para os próximos.

Da FLD, além de Angelique van Zeeland, participaram as assessoras técnicas Ângela Costa, representando o Projeto Pampa, e Marluí Tellier, coordenadora técnica do projeto Catadoras e Catadores em Rede, realizado pela FLD e MNCR com o patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental.

Especificamente no que se refere a catadores e catadores, o encontro aprovou uma moção contra a incineração. Também foram entregues três caminhões para as cooperativas de catadores que integram a cadeia do PET.

A organização da conferência concentrou as demandas em quatro eixos: produção, comercialização e consumo; financiamento, crédito e finanças solidárias; acesso ao conhecimento, educação, formação e assessoramento; e ambiente institucional, legislação e integração de políticas públicas. Grupos de trabalho discutiram políticas de fortalecimento dos setores de frutas nativas, agricultura familiar e alimentação, PET e reciclagem, confecção, lã, peixe, osso e pedra, serviços, artesanato e papel do gestor público.

A diretora do Departamento de Incentivo e Fomento à Economia Solidária (Difesol), da Sesampe, Nelsa Fabian Nespolo, explicou que os temas foram propostos pelos participantes dos 12 encontros regionais de economia solidária, realizados entre 2 de abril e 7 de maio nas regiões da Campanha, Litoral Norte, Missões, Norte, Central, Sul, Fronteira Oeste, vales do Rio Pardo e Taquari, Serra, Planalto e Metropolitana. De acordo com ela, os encontros reuniram público aproximado de 1.200 pessoas.

Economia solidária no RS

Existem mais de 2 mil e 500 empreendimentos mapeados no Rio Grande do Sul, segundo dados do Difesol. São iniciativas econômicas, rurais e urbanas, em que as trabalhadoras e os trabalhadores estão organizados coletivamente. Essas iniciativas englobam associações e grupos de produtoras/es ou consumidores, cooperativas de agricultura familiar e de prestação de serviços.

Ainda, integram a classificação: empresas recuperadas que foram assumidas por trabalhadoras/es em sistema de autogestão; redes de produção, comercialização e de consumo; instituições de finanças solidárias e clubes de trocas; e cooperativas de reciclagem, entre outras.

Texto: Comunicação FLD com Sesampe

 

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