Sexta-feira, dia 29 de novembro, às 15 horas, estará sendo realizada em Uruguaiana (RS) uma audiência pública para tratar da situação das famílias catadoras e a gestão municipal de resíduos. A audiência foi convocada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS, atendendo solicitação do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), que tem o MNCR como seu parceiro estratégico.
A situação no município equipara-se às mais difíceis do país. Há mais de 50 anos, catadoras e catadores vêm trabalhando em cima dos lixões que estavam instalados – Cacaréu, de 1950 a 1979, e Nova Esperança, de 1980 a 1990 –, e a partir de 1989 até hoje, entre a BR 290 e a BR 472.
Neste espaço, trabalham entre 150 e 300 catadoras/es (o número varia) – incluindo e crianças – sendo que 75 famílias (cerca de 130 pessoas) fazem parte da Associação dos Catadores Amigos da Natureza (Aclan) – base organizada do MNCR no município.
“O trabalho das/os catadoras/es é digno. As condições nas quais trabalhamos é que são indignas e desumanas”, resume a coordenadora da Aclan e liderança do MNCR, Maria Tugira da Silva Cardoso. “Famílias e crianças vivem ali, sobrevivendo do pouco material que conseguem separar de tudo misturado. Também retiram a comida de cada dia. Nenhuma pessoa, nenhuma criança, deveria ter que passar por isso que passamos diariamente.”
O que: Audiência Pública para tratar da situação das famílias catadoras e a gestão municipal de resíduos.
Quando: Dia 29 de novembro, 15h.
Onde: Biblioteca Pública Municipal Luiz Guilherme do Prado Veppo, Rua Santana, s/n°.
Promoção: Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis, Fundação Luterana de Diaconia e Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do RS