Foto: Marcelo Luiz Zapelini | Agência Sul 4
Promovido pelo Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social e motivado pela Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 Cuidado da Casa Comum, nossa responsabilidade, o Seminário Regional sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social, realizado de 2 a 4 de junho de 2016 em Criciúma (SC), envolveu os três estados do sul. Estão previstos Seminários também nas demais regiões brasileiras, culminando em um evento nacional.
Organizado pela Cáritas Brasileira, que integra o Fórum, o evento teve como objetivo abordar as consequências das mudanças climáticas, para a vida das pessoas e do planeta, e as possíveis, necessárias e urgentes ações e compromissos que precisamos assumir. “Através dos seminários regionais será possível chegarmos no Seminário Nacional com informações sobre as realidades e sofrimentos vividos por diversas populações nos diferentes ecossistemas e biomas brasileiros, assim como alternativas desenvolvidas” disse Ivo Poleto, da Secretaria Executiva do Fórum e um dos assessores do Seminário.
Foram abordadas temáticas como a matriz energética brasileira, o agronegócio e desastres socioambientais, sempre em diálogo com mudanças climáticas, justiça social e a atual conjuntura brasileira. Francisco Aquino, professor da UFRGS, que também assessorou o evento, desenvolve pesquisa na Antártica sobre a história da atmosfera. Suas pesquisas demonstram que o clima está mudando. Segundo Aquino, os últimos meses foram os mais quentes em 100 anos e o sul do Brasil é uma das regiões mais afetadas. “A atmosfera está saindo do seu equilíbrio climático, estamos forçando para a intensificação de estiagens, tempestades, ondas de frio, ondas de calor”. disse Aquino.
A Fundação Luterana de Diaconia esteve presente representada por Juliana Mazurana, assessora programática da FLD. Diversas outras assessorias, organizações e movimentos sociais também estiveram presentes: CNBB, Cáritas, CPT, Pastorais Sociais, Defesa Civil, Universidades, MST, MNCR, Avesol, Associação de Atingidos do Morro do Baú/ Ilhota-SC (ADAB) Conselho Nacional Psicologia-SC, FAO, Movimento No Fracking Brasil/ 350.org, além de estudantes e profissionais de várias áreas. “Precisamos trabalhar cada vez mais em conjunto para ter mais segurança sobre o caminho que temos que fazer para construir o novo, para buscar autonomia, mas uma autonomia solidária, que não se isola, que cria um movimento político capaz de se impor aos modelos que são contra a vida.” disse Ivo Poleto. Preocupações comuns com o presente e o futuro orientaram os debates e fomentaram diálogos e possíveis articulações.