No ano de 1988, a data 1 de dezembro foi instituída como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) a partir de uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde com o apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data marca a luta, conscientização e mobilização contra a crescente epidemia de Aids no mundo. O símbolo da campanha mundial é o laço vermelho que representa a solidariedade e comprometimento com a erradicação da doença e do estigma ocasionado pela mesma. A proposta de uso do laço vermelho surgiu em 1991, idealizado pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, na cidade de Nova Iorque, para homenagear familiares, colegas, amigos e amigas que estavam morrendo, vitimas da epidemia de Aids.
A data integra a campanha internacional dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, chamando a atenção para a relação entre violência de gênero e feminização da epidemia de Aids. Muitas mulheres em situação de violência não se sentem no poder de decisão sobre o próprio corpo e sexualidade. Desta forma, a violência contra as mulheres se converte em fator de vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV. E ainda persiste o imaginário errôneo de que a doença está restrita aos extintos ‘grupos de risco”.
As campanhas governamentais voltadas para o tema ainda se concentram em momentos específicos como carnaval e outras datas festivas. Porém existe a necessidade de que as intervenções sejam permanentes e contemplem a perspectiva de gênero em sua abordagem além das diversas vulnerabilidades associadas a faixa etária, grupo étnico, classe social e orientação sexual. A população carcerária está entre as mais afetadas pela epidemia, em especial pela dupla epidemia de HIV e tuberculose.