Exploração sexual ou prostituição infantil?

Exploração sexual ou prostituição infantil?

As ilustrações são de uso exclusivo da metodologia Nem Tão Doce Lar – direitos autorais cedidos pelo autor/ilustrador Laércio Cubas Jr à Fundação Luterana de Diaconia (FLD).

Normalmente chamamos a “exploração sexual” de “prostituição infantil”, mas é incorreto. “Isso porque crianças e adolescentes não têm maturidade para decidir se querem ou não comercializar o próprio corpo. Sendo assim, elas não se prostituem, mas são envolvidas na exploração sexual por um adulto, que pode ser tanto o intermediário do negócio criminoso quanto o próprio protagonista do ato sexual. Sendo assim, nunca diga “prostituição infantil”. Use sempre a expressão “exploração sexual.”

Em épocas de férias ou grandes eventos internacionais, a exploração sexual acontece em pontos turísticos, onde crianças e adolescentes são assediadas por pessoas adultas, estrangeiras ou do próprio país. É o que se denomina turismo com motivação sexual. Várias categorias profissionais e estabelecimentos comerciais lucram ou são coniventes com este crime.

Segundo dados do Mapear (estudo realizado pela Polícia Federal em parceria com a Childhood Brasil), em 2018:

– A Polícia Rodoviária já retirou 4.749 crianças da situação de exploração sexual em pontos em beiras de estradas em todo o Brasil, desde 2005.

– Os estados que mais registram exploração sexual são: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná, Pernambuco e Goiás.

Fontes:

* 20 anos Childhooh. Programa na mão certa. Disponível em: namaocerta.org.br

Ceará é o estado com mais pontos críticos de exploração sexual infantil em rodovias. Disponível em: g1.globo.com/ce/ceara/

Ministério Público Federal e dos Territórios. Violência Sexual contra crianças e adolescentes: identificação e enfrentamento. Brasília, 2017. Disponível em: www.mpdft.mp.br

 

 

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