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Soberania alimentar deve prever conservação dos biomas brasileiros

Soberania alimentar deve prever conservação dos biomas brasileiros
16 de junho de 2012 zweiarts

A FLD promoveu na sexta-feira à tarde, dia 16, no espaço Religiões por Direito da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, a oficina sobre Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional com a Conservação dos Biomas Brasileiros. A oficina contou com a participação do coordenador do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA)/Núcleo Santa Cruz (RS), Sighard Hermany, e do coordenador do Programa de Formação e Educação Comunitária (Profec), de Duque de Caxias (RJ), Carlos Dionísio, com as integrantes da equipe, Generosa de Oliveira Silva e Ilana Gonçalves da Silva.

A partir do seu Fundo de Projetos, a FLD começou a organizar, há alguns anos, editais na área de Justiça Socioambiental com foco nos biomas brasileiros. “O mais recente, realizado em março de 2012, buscou contemplar projetos na área de Soberania e Segurança Alimentar aliadas à Conservação da Caatinga”, esclareceu a assessora de projetos da FLD, Juliana Mazurana, que coordenou a oficina. O Brasil tem uma grande biodiversidade, mas pouco conhecida e utilizada. “Neste formato, os editais buscam valorizar produtos da sociobiodiversidade com manejo sustentável”. 

Os representantes do Profec, que atua na periferia de Duque de Caxias (RJ) com crianças, adolescentes e jovens, falaram sobre a importância das políticas públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos na Agricultura Familiar (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) o sucesso de uma política nacional de soberania e segurança alimentar.    

Já Sighard Hermany, do CAPA – que trabalha com agroecologia através de cinco núcleos nos três estados do Sul (RS, SC e PR) – apresentou o vídeo institucional Terra Limpa, que mostra através da fala de agricultores e agricultoras familiares a importância da produção de um alimento livre de produtos químicos. “Meus pais trabalhavam com fumo, daí usavam muito veneno”, conta a agricultora Solange Rustick. “A troca para a agroecologia foi uma transformação bem grande nas nossas vidas.”

No final, os presentes na oficina, incluindo a comitiva alemã trazida pelo Evangelischer Entwiklungsdienst (EED), parceiro institucional da FLD, elaboraram três propostas que foram encaminhadas para compor o documento apresentado na primeira plenária de convergência de propostas. 

Propostas

1. Adotar atitudes de consumo consciente que promovam a soberania e segurança alimentar de agricultores e agricultoras e de povos e comunidades tradicionais ao mesmo tempo em que conservem a biodiversidade local.

2. Fortalecer redes de agroecologia a nível regional e nacional e ampliar a articulação das redes com a cooperação internacional.

3. Fomentar cadeias e arranjos produtivos da sociobiodiversidade através da inclusão desta temática nos Planos de Segurança Alimentar e Nutricional estaduais e municipais (que estão em processo de construção).

Assinam FLD, CAPA, EED e Profec

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