A Assembleia Mundial de Saúde, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu, em 1987, o dia 1° de dezembro como Dia Mundial de Luta contra a Aids. No ano seguinte, 1988, o Brasil aderiu a essa determinação através de uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.
No ano de 1991 foi adotado o laço vermelho como identificação visual alusiva a essa data. O laço representa a solidariedade, compromisso e luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV e Aids.
O dia integra a Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher – realizada no Brasil de 20 de novembro – Dia da Consciência Negra – até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Aids e as mulheres
Algumas informações que fazem parte da exposição Nem tão Doce Lar, da FLD, mostram a relação da violência contra as mulheres e a pandemia:
“Mulheres que são vítimas de violência doméstica por parte do parceiro normalmente têm dificuldades em negociar métodos preventivos, como o uso de preservativos. Quando realizam o exame e se descobrem HIV positivas, começam a questionar seu papel como mulher, esposa, mãe e cidadã.” (fonte http://periodicos.est.edu.br)
“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sexo forçado expõe as mulheres ao HIV; a violência e sua ameaça limitam a capacidade de negociar o sexo seguro; a revelação da condição de soropositiva ao companheiro ou a terceiros pode aumentar o risco da violência.” (fonte: http://www.redesaude.org.br)
“O rosto da Aids hoje, no mundo, é pobre, negro e está se tornando cada vez mais feminino. O crescimento da Aids entre as mulheres é uma das características da pandemia na atualidade.(…) Pela primeira vez na história da Aids as mulheres somam 50% dos casos de infecção.” (fonte: Professora Dra. Wanda Deifelt, Igreja e Aids: Presença e Resposta, editado pela Pastoral da Aids/CNBB)
Também entre as jovens e os jovens, principalmente de 15 a 25 anos, o crescente número de casos é preocupante: no Brasil, as infecções aumentaram 50% nesta faixa etária.
A Aids hoje permanece sendo uma doença que não tem cura. Mas as pessoas possuem uma melhor qualidade de vida, graças ao uso de medicamentos antirretrovirais que inibem a multiplicação do vírus no organismo humano. É importante lembrar, no entanto, que os medicamentos não são sinônimo de cura definitiva.
O Ministério da Saúde e a Pastoral da Aids/CNBB realizam campanhas de incentivo ao diagnóstico precoce. O teste, que é feito na rede pública de saúde, fornece o resultado em apenas alguns minutos.
Mais:
Reportagem sobre juvenilização da epidemia de HIV/Aids com Drauzio Varella:
Artigo sobre a origem do dia 1° de dezembro como Dia de Luta contra a Aids: