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XVI Assembleia: Conselho Executivo elege nova diretoria da FLD

XVI Assembleia: Conselho Executivo elege nova diretoria da FLD
17 de abril de 2015 zweiarts

A nova Diretoria da Fundação Luterana de Diaconia, eleita durante a XVI Assembleia, realizada nos dias 26 e 27 de março, em São Leopoldo (RS), tem, pela primeira vez, uma mulher como presidenta. A representante do Sínodo Norte Catarinense, diácona Valmi Becker, assume o cargo, junto com a representante do Sínodo Sul-Rio-Grandense, Daniele Schmidt Peter, e o representante do Sínodo Espírito Santo a Belém (IECLB), pastor Siegmund Berger, como vogais. Valmi, Daniele e Siegmund têm uma longa caminhada na área de Diaconia e bastante proximidade com o trabalho da FLD.

O atual presidente da Diretoria, Carlos Hopfer, foi homenageado pela sua dedicação e fez uma despedida emocionada: “quinze anos atrás estive nesta mesma casa, quando a Fundação Luterana foi criada”, disse. “Participei do Conselho, da Comissão de Avaliação de Projetos e como presidente da Diretoria. Levo essa vivência comigo, e desejo à nova gestão um tempo produtivo.”

Presenças

Além de conselheiras e conselheiros representando os 18 sínodos da IECLB, participam como membros natos o secretário adjunto de Missão e Diaconia da IECLB, pastor Altemir Labes, e a coordenadora de Diaconia e Inclusão da IECLB, diácona Carla Jandrey, pela Secretaria Geral da IECLB. Como convidada e convidado, a coordenadora do Comin, Renate Gierus, e o engenheiro agrônomo Sieghard Hemany, do Consórcio Capa, parceiros estratégicos da fundação.

Formação

Conselheiras e conselheiros tiveram um espaço de formação em Direitos Humanos, com a assessoria do presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos do RS e integrante do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Paulo César Carbonari. A apresentação trouxe à tona a complexidade do tema, devido às suas várias concepções e vários campos de saber. As perguntas sobre o que não são direitos humanos, por que direitos humanos, para que direitos humanos e o que são direitos humanos orientaram o debate.

“O tema é controverso, gera polêmica e exige posicionamento”, disse o palestrante. Direitos humanos existem “para promover e proteger a dignidade de cada uma e de todas as pessoas, para enfrentar todo tipo de vitimização, de exploração, de discriminação, de desigualdade. Existem para gerar acesso e usufruto dos bens para o bem-viver e promover o reconhecimento de cada pessoa como quer ser, e não como as outras pessoas gostariam que ela fosse”.

Relatórios

Na apresentação do relatório narrativo da FLD, a secretária executiva Cibele Kuss falou sobre iniciativas que se transformaram em políticas internas e externas de funcionamento. Entre estas, a Política de Justiça de Gênero, aprovada na Assembleia Ordinária da FLD, em março de 2014, que serviu de referencial para o processo coletivo e elaboração do Plano de Gestão de Pessoas, do Código de Conduta e Mecanismo de Denúncia e do Manual de Procedimentos Administrativos.

Outro destaque foi dado ao Programa de Pequenos Projetos, por meio do qual grupos da sociedade civil recebem apoio em iniciativas nas áreas de Justiça Econômica, Justiça Socioambiental, Direitos Humanos, Diaconia e Emergências. Em 2014, 98 projetos foram recebidos nos quatro editais abertos; destes, 51 foram aprovados, beneficiando um público direto de 22.602 pessoas, sendo 4.546 crianças/adolescentes, 12.139 mulheres, 1.683 pessoas idosas, 10.255 afrodescendentes, 609 quilombolas e 65 indígenas.

Além disso, foram apresentados resultados e desafios das iniciativas executadas pela FLD: Fortalelcendo a Diaconia em Rede, em parceria com a IECLB; Catadoras e Catadores em Rede, com o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e patrocínio do Projeto Petrobras Socioambiental; o Projeto Pampa; a Rede de Comércio Justo e Solidário; o projeto Educação para a Solidariedade; a intervenção/exposição interativa Nem tão Doce Lar; o projeto Emergências; e o acompanhamento aos parceiros estratégicos Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin) e Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).

O relatório narrativo foi aprovado por unanimidade, assim como o relatório administrativo financeiro, com as demonstrações contábeis referentes ao exercício de 2014 e o orçamento realizado, apresentado pelo coordenador da Área Administrativa e Financeira, Júlio Zellmann: A previsão orçamentária para 2015 também recebeu aprovação das conselheiras e dos conselheiros.