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Publicação dará visibilidade à sociobiodiversidade presente no Pampa

Publicação dará visibilidade à sociobiodiversidade presente no Pampa
19 de fevereiro de 2016 zweiarts

Um intenso trabalho de campo foi realizado entre os dias 19 de novembro de 2015 e 19 de janeiro de 2016, onde uma equipe composta por integrantes da FLD e da Articulação Pacari, além de um fotógrafo, visitaram e entrevistaram mais de 160 pessoas em 21 municípios do bioma Pampa, percorrendo quase 1.000 quilômetros em 24 dias. Foram realizados diálogos com representantes de diferentes identidades presentes na região do bioma Pampa: pescadoras e pescadores artesanais, comunidades quilombolas, pecuaristas familiares, povo de terreiro, povo pomerano, povo cigano, povos indígenas, benzedeiras e benzedores.

O roteiro metodológico e as indicações dos grupos e pessoas entrevistadas foi construído de forma coletiva, em novembro, na primeira reunião do Comitê de Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa. O comitê foi formado a partir do I Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, realizado pela FLD em parceria com a Articulação Pacari, em 26 e 27 de outubro de 2015 em Porto Alegre.

 A segunda reunião deste comitê foi realizada no dia 16 de março, na sede da FLD, em Porto Alegre (RS). Além de uma retrospectiva do processo de articulação, resgatando os objetivos e as atividades realizadas, foi socializado o trabalho realizado a campo com projeção de imagens, além da forma como as informações estão sendo sistematizadas. O comitê avaliou, aprovou e encaminhou uma proposta de publicação sobre os Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, a partir das informações obtidas a campo, buscando dar visibilidade à sociobiodiversidade presente no Pampa, além de ser um instrumento político de defesa do bioma e dos direitos destes Povos e Comunidades Tradicionais.

A publicação estará pronta em março, com lançamento previsto para abril. Também serão realizadas atividades descentralizadas, em diferentes regiões do bioma Pampa, para lançamento da publicação e também como um momento de formação, diálogo e intercâmbio sobre o tema junto à população do interior do estado.