Dalva Vieira e Regina Silva falaram sobre Economia Solidária com recorte de gênero e racismo
Entre os dias 23 e 26 de agosto de 2017 realizou-se em São Leopoldo (RS) o V Congresso Latino Americano de Gênero e Religião, promovido pelas Faculdades EST. O evento teve a participação de mais de 300 pessoas, vindas de mais de 20 países, entre acadêmicos e acadêmicas, lideranças comunitárias, lideranças de igrejas, representantes de movimentos sociais e de organizações não governamentais.
A Fundação Luterana de Diaconia (FLD) organizou o espaço Defesa de Direitos com Justiça de Gênero: Diaconia Transformadora, onde foi montada a Nem tão Doce Lar. Nesse mesmo espaço, a FLD realizou uma série de atividades, entre as quais relatos de experiências, apresentação de trabalhos e mesas de conversa. No dia 24 pela manhã, a catadora mobilizadora do projeto Mulher Catadora é Mulher que Luta, Maria Helena dos Santos Borba, falou sobre Mulheres catadoras nas cooperativas de reciclagem. Logo em seguida, Regina Silva, do empreendimento de economia solidária Mundo mais Limpo, e Dalva Vieira, do grupo Tulipas, falaram sobre Economia Solidária com recorte de gênero e racismo.
À tarde, a integrante da equipe do Mulher Catadora é Mulher que Luta, Graciela Patrícia Cornaglia, apresentou o projeto como uma alternativa de empoderamento das mulheres; e a assessora programática da FLD, Angelique van Zeeland, com o assessor de projetos da FLD, Rogério Oliveira de Aguiar, falaram sobre Diaconia Transformadora na interface com DHESCAs.
No dia 25 pela manhã participaram de relatos de experiências a secretária municipal de Políticas para Mulheres, de Três de Maio (RS), Márcia Herbertz, que falou sobre Superação da violência doméstica e a efetivação das políticas públicas; e a dirigente estadual do Setor de Gênero do MST no Rio Grande do Sul, Roberta Coimbra, que falou sobre O protagonismo das mulheres campesinas em assentamentos do MST. À tarde, foram apresentados os trabalhos Enfrentamento à violência sexual e doméstica; Desigualdade de gênero em ações de marketing das casas noturnas do Vale dos Sinos: um estudo sobre a percepção de mulheres e o processo de auto empoderamento feminino; e Serviço de atendimento aos homens autores de Violências, projeto apoiado pelo Programa de Pequenos Projetos da FLD.
Grupos da Rede de Comércio Justo e Solidário, da FLD, estiveram na Feira de Economia Popular Solidária e Agroecológica, comercializando seus produtos e apresentando a proposta desse modelo diferenciado de consumo. O Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) divulgou a campanha Comida boa na Mesa e comercializou produtos via Ecovale, de Santa Cruz do Sul (RS). Alunas e alunos do Colégio Sinodal de São Leopoldo visitaram a feira e puderam participar da oficina sobre a história do fuxico (técnica de artesanato, que aproveita restos de tecido), conduzida por Rosângela Dias, do empreendimento Mãos Unidas e integrante do Grupo Gestor da Rede de Comércio Justo Solidário.