A primeira mulher a ocupar o cargo de Pastora Presidenta da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), pastora Sílvia Beatrice Genz, foi investida no dia 15 de dezembro, em Porto Alegre (RS), para o período 2019-2022. Junto com ela, o pastor 1º vice-presidente, pastor Odair Airton Braun, e o pastor 2º vice-presidente, pastor Mauro Batista de Souza.
Após o culto, as pessoas presentes foram recepcionadas com um coquetel preparado pelo empreendimento de Economia Solidária Mãos Dadas, que integra a Rede de Comércio Justo e Solidário da Fundação Luterana de Diaconia (FLD). O empreendimento foi criado em 2006, com o objetivo de garantir a geração de renda para suas e seus integrantes, por meio da comercialização de produtos alimentícios e atendimento a festas e a eventos.
Em 2015, o Mãos Dadas e inúmeros outros empreendimentos passaram a integrar a Rede de Comércio Justo e Solidário da FLD, em cinco segmentos: artesanato, confecção, alimentação, serviços e reciclagem. Além de promover a comercialização, a FLD, por meio da rede, organiza momentos de formação – incluindo seminários sobre viabilidade econômica, gestão democrática com justiça de gênero e sustentabilidade –.
Além disso, a rede busca aproximar empreendimentos da Economia Solidária a comunidades, grupos e instâncias da IECLB, que, por meio da compra de produtos, exercem a solidariedade, fortalecendo grupos, associações, cooperativas e redes de cooperação.
A contratação de um grupo da Economia Solidária para um momento tão significativo para a IECLB mostra o compromisso luterano de promover outra forma de consumo, considerando a inclusão social e um tipo diferenciado de desenvolvimento.
O que é a Economia Solidária*
A economia solidária é praticada por milhões de trabalhadoras e trabalhadores de todos os extratos, incluindo a população mais excluída e vulnerável, organizados de forma coletiva gerindo seu próprio trabalho, lutando pela sua emancipação em milhares de empreendimentos econômicos solidários e garantindo, assim, a reprodução ampliada da vida nos setores populares.
São iniciativas de projetos produtivos coletivos, cooperativas populares, cooperativas de coleta e reciclagem de materiais recicláveis, redes de produção, comercialização e consumo, instituições financeiras voltadas para empreendimentos populares solidários, empresas autogestionárias, cooperativas de agricultura familiar e agroecologia, cooperativas de prestação de serviços, entre outras, que dinamizam as economias locais, garantem trabalho digno e renda às famílias envolvidas, além de promover a preservação ambiental.
Além disso, a economia solidária se expressa em organização e conscientização sobre o consumo responsável, fortalecendo relações entre campo e cidade, entre produtores e consumidores, e permitindo uma ação mais crítica e pró-ativa dos consumidores sobre qualidade de vida, de alimentação e interesse sobre os rumos do desenvolvimento relacionados à atividade econômica.
*Fonte: cirandas.net