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​Violência doméstica – precisamos ser agentes de transformação

​Violência doméstica – precisamos ser agentes de transformação
13 de julho de 2018 zweiarts

“A Mostra Nem Tão Doce Lar retrata a realidade vivenciada diariamente no nosso país. São cenas extremamente chocantes e significativas. O que mais me impressionou foram os presentes deixados pelos agressores após ocorrer a agressão, pedindo perdão e desculpas. Isso demostra o círculo vicioso que faz com que as pessoas agredidas se omitam e não relatem a ninguém o que acontece em seu convívio diário. Cabe a nós educadoras estarmos atentas a toda e qualquer atitude dos educandos ou pessoas próximas para auxiliar perante essa situação tão delicada”.  Maikely Orsato Decesaro, Secretaria de Educação Marau

… “Sensibilidade e força para tratar de um assunto tão importante, as diversas formas de violência, os aspectos que persistem no machismo e intolerância. E deixa a reflexão do que nós podemos e devemos fazer no nosso cotidiano para sermos agente de transformação na sociedade como um todo. Me senti grata pela oportunidade”. Regiane, monitora da Apae

“Foi um momento muito importante e de muita reflexão em relação a situação vista na casa. Para alguns foi marcante no sentido de ver o que ocorre praticamente todos os dias. Aquele caminhar e olhar silencioso de cada um demostrou o quanto se vive diariamente esses casos. No momento do encontro o debate foi muito importante, cada um foi colocando o que sentiu e viu. Saímos com uma visão bem diferente. Valeu muito!” Professora Rosa, Escola EE Anchieta

“Para mim o dia de hoje foi um dia maravilhoso, com muito aprendizado. Esse é um assunto muito complexo que precisa ser falado mais na sociedade, gostei muito, gostaria de poder participar mais de palestras assim. Também poderia ser pensado em fazer palestras e capacitações para nós podermos passar para a comunidade também, me emocionei muito também, mas tudo ótimo.

 

Exposição em Marau (RS)

A mostra Nem Tão Doce Lar foi montada na quadra de esportes do ginásio da APAE de Marau (RS). O Projeto de Enfrentamento a Violência (iniciativa da rede local) foi apresentado aos gestores e gestoras dos municípios de abrangência de Nicolau Vergueiro, Vila Maria, Camargo, Nova Alvorada e Marau, que concordaram em executá-lo. Foi formada uma comissão com representação dos atores envolvidos, que planejou, organizou e executou o projeto.

O projeto visa ser um espaço de discussão da temática da violência em âmbito regional, instrumentalizando e fortalecendo as equipes nas intervenções na busca de uma cultura de paz.

Para participar da formação, foram convidados profissionais da área de saúde, assistência social e educação, PIM, Conselhos Tutelares, entidades socioassistenciais, profissionais do judiciário e comunicação. Centro e vinte vagas foram oferecidas, 20 para cada município, com a participação de 100 pessoas. A exposição, que esteve aberta de 1º a 4 de julho e no dia 12 de julho, recebeu 750 visitantes, entre os quais grupos de usuários e familiares da APAE. Foram realizadas em torno de 50 rodas de conversa com estudantes, após visita a exposição. No dia 12 de julho, 30 colaboradores da APAE também tiveram oportunidade de conhecer a proposta, para um momento de partilha e reflexão sobre o tema com a equipe da instituição.

Pela mobilização e repercussão na região, interesse na visitação e seriedade com que foi tratado o assunto, concluímos que nosso objetivo foi alcançado. Temos novos desafios pela frente, pois é um tema que não se esgota e precisa continuar na pauta de todos nós. Nas rodas de conversa, houve inúmeros relatos de situações passadas ou atuais de violência, demandas que necessitam ser trabalhadas. O diagnóstico que se faz é que a situação é pior do que se imaginava e requer um esforço coletivo para mudar esse quadro e para quebrar o ciclo da violência.

Por Marilene Gatto Bizzotto, da Comissão Organizadora

 

Nem Tão Doce Lar na Região Norte 

Ariquemes (RO)

No dia 25 de maio, a Nem Tão Doce Lar foi montada esteve em Ariquemes (RO), no auditório do Ministério Público Estadual, precedida de oficinas para acolhedoras e acolhedores da exposição, nos dias 23 e 24 de maio. Turmas de diversas escolas do município visitaram a mostra. Após o acolhimento e visita guiada, as e os jovens participaram de rodas de conversa, onde expuseram suas dúvidas, inquietações e anseios relacionados aos temas: abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, tipos de violência, como acessar a rede de apoio. Os casos identificados foram encaminhados pelas profissionais da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência. A Comunidade Luterana de Ariquemes/Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e o projeto Escola para a Vida foram parceiras da FLD na realização da mostra.

Manaus (AM)

Nos dias 28 e 29 de maio aconteceram oficinas de formação de acolhedoras e acolhedores no Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES) e na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). De 30 de maio a 2 de junho, a exposição Nem Tão Doce Lar esteve aberta ao público, durante o 13º Congresso Internacional da Rede Unida, realizado na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Profissionais da área da saúde e da educação e representantes de coletivos e movimentos sociais de diversos lugares do país visitaram o espaço da mostra. A montagem contou com a parceria da Comunidade Luterana de Manaus/Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e FIOCRUZ.

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