Entre os dias 14 a 17 de agosto de 2019, a exposição Nem Tão Doce Lar e a Rede de Comércio Justo e Solidário da FLD integraram as atividades do VI Congresso Latino Americano de Gênero e Religião sob os temas: Vulnerabilidade, Resistência, Justiça.
O evento aconteceu no campus da Faculdades EST em São Leopoldo (RS), com a participação de aproximadamente 600 pessoas vindas de diversas regiões do Brasil, da América Latina e Caribe, como também representações dos Estados Unidos, Europa e África. O congresso é organizado pelo Programa de Gênero e Religião PGR e pelo Núcleo de Pesquisa de Gênero NPG/EST que celebrou 20 anos de existência.
Como nos anos anteriores, houve uma feira de economia solidária e popular e agroecológica, espaço dos movimentos sociais, exposições, apresentações artísticas e mesas temáticas.
“Tivemos muitos encontros, para compartilhar saberes, conhecimentos, lágrimas, alegrias e abraços, muitos abraços. As mais de 400 pessoas que se reuniram ao redor dos eixos temáticos “Vulnerabilidade – Resistência – Justiça trouxeram muito colorido e diversidade compromissada com a vida digna e justa para todas as pessoas. Nesses tempos de ódio, medo e intolerância, ousamos afirmar que Ninguém solta a mão de ninguém!”
Professora Dra. Márcia Blasi, coordenadora do Programa de Gênero e Religião/EST
Nem Tão Doce Lar
Aberta à visitação, a Nem Tão Doce Lar também foi espaço para apresentação de trabalhos acadêmicos do GT2 – Direitos Humanos das Mulheres: cumplicidade e resistência no enfrentamento das violências e na construção da justiça de gênero. Essa é a terceira vez que integra a programação do Congresso de Gênero nessa modalidade.
A exposição contou com a parceria da EST na montagem dos cenários através do empréstimo da mobília, conforme previsto no manual de montagem. O espaço da casa permitiu diálogos, debates e reflexões acerca do tema da superação da violência doméstica e familiar contra mulheres, crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência, dentro e fora dos grupos de trabalho.
“Foram mais de 40 trabalhos apresentados sobre o tema da violência contra as mulheres e os direitos humanos, o que demonstra um forte interesse de pessoas envolvidas com a temática. O ambiente da exposição “Nem tão doce lar” revelou-se na forma de um convite para reflexões e vivência de sentimentos fortes que afloram quando é realizado o percurso da visita pelos cômodos da casa com marcas e registros escritos que narram situações de vulnerabilidade e violência. Sem dúvida que misturar essas duas composições, trabalhos científicos e relatos de experiencia dentro da exposição tornou ainda mais concreta a dura realidade invisível de muitas mulheres pelo mundo a fora.”
Professora Dra. Edla Eggert, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Educação/PUC
Rede de Comércio Justo e Solidário
A Rede de Comércio Justo contou com um espaço na tenda da Feira de Economia Solidária e Agroecológica, reunindo os empreendimentos da rede que também participam do Fórum de Economia Solidária de São Leopoldo: Associação dos Artesãos da Feitoria, Magia do Encanto, Mãos Dadas, Mãos Unidas, Mundo mais Limpo, Pé por Pé, Um Só Coração, Cooperativa Vida Saudável.
A banca da Rede de Comércio Justo e Solidário comercializou produtos de empreendimentos da rede da região metropolitana de Porto Alegre, interior do estado do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina.
Integrantes dos grupos de Economia Solidária também coordenaram oficinas voltadas para estudantes do Colégio Sinodal de São Leopoldo e público em geral: contação de histórias africanas; zero desperdício; transformação de camisetas em sacolas; reaproveitamento de panos de sombrinhas e guarda-chuva. As oficinas são uma ação do projeto Educação para a Solidariedade e Paz, uma parceria entre Rede Sinodal de Educação e FLD.
“Gostamos muito de participar, traz muita experiência e troca de saberes, fortalecendo nossa Rede de Comércio Justo e Solidário. É nossa terceira participação. Está cada vez melhor. Gostamos muito da realização das oficinas e têm mais consciência que temos cuidar nosso meio ambiente e fortalecer esses encontros.”
Cacilda Rodrigues Barcelos da Silva, empreendimento Pé por Pé