Familiares de vítimas da COVID-19, lideranças religiosas e ativistas de movimentos sociais acendem 500 velas para lembrar as 500 mil mortes provocadas desumanamente pela pandemia da COVID-19 no país. Manifestantes também recordam o genocídio negro e indígena e reivindicam urgentemente por vacinação em massa, auxílio emergencial de R$ 600,00 e segurança alimentar: “Vacina no braço e comida no prato”.
O evento já foi realizado quando o Brasil chegou às marcas de 300 mil e 400 mil pessoas mortas por COVID-19, números atingidos nos dias 24 de março e 29 de abril, respectivamente. Em Porto Alegre (RS), a homenagem ocorre às 18h desta terça-feira (22/6) no Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção. No Rio Grande do Sul, a pandemia já vitimou mais de 30 mil pessoas.
Cada vela, que representa mil histórias de vida sacrificadas neste flagelo desgovernado, será acesa em memória às pessoas cujas mortes poderiam ser evitadas a partir de uma gestão comprometida com o uso da máscara, distanciamento e vacinação. Durante a atividade, serão nomeadas um conjunto de pessoas falecidas desde o início da pandemia no Brasil, marcando tempo e lugares das tantas famílias enlutadas em profundo sofrimento.
A ação é promovida pelo movimento Respira Brasil e organizada pelo Fórum Inter-religioso e Ecumênico do Rio Grande do Sul, AVICO Brasil – Associação das Vítimas e Familiares de Vítimas de Covid-19, FLD – Fundação Luterana de Diaconia, COMIN – Conselho de Missão entre Povos Indígenas, CAPA – Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia, ABONG/RS – Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e Conselho Estadual do Povo de Terreiro do Estado do RS.