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Projeto OPANÁ participa de encontro de celebração dos dez anos da Rede de Sementes da Agroecologia

Projeto OPANÁ participa de encontro de celebração dos dez anos da Rede de Sementes da Agroecologia
17 de abril de 2025 Ana Paula

Evento reuniu povos indígenas, comunidades kilombolas e organizações para fortalecer o intercâmbio de sementes e a preservação da agrobiodiversidade

Por Assessoria de Comunicação FLD

Fotos: Coletivo Triunfo e ReSa

De 11 a 13 de abril, na Associação Brasileira de Amparo à Infância (ABAI), em Mandirituba (PR), ocorreu o Encontro das Guardiãs e Guardiões da Agrobiodiversidade. O evento, que marcou os dez anos da ReSA – Rede de Sementes da Agroecologia, reuniu agricultoras e agricultores, povos indígenas, kilombolas, coletivos e organizações de todo o estado. 

Entre as participações, também esteve o projeto OPANÁ: Chão Indígena, parceria da FLD com a Itaipu Binacional, representado por integrantes da equipe técnica e por pessoas das comunidades envolvidas na iniciativa, dentre as quais Guaviraty (Pontal do Paraná/PR), Araçaí (Piraquara/PR) e Cerco Grande (Guaraqueçaba/PR). A participação do OPANÁ no encontro alinha-se ao objetivo de intercâmbio de sementes e biodiversidade previsto pelo projeto. 

Com rodas de conversa, cinema agroecológico, trocas de sementes e articulações rumo ao Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) – previsto para acontecer em Foz do Iguaçu em 2026 –, o evento reafirmou o papel estratégico da ReSA na preservação e proteção das sementes tradicionais. 

A ReSa nasceu no ano de 2015, como um espaço articulador de iniciativas relacionadas às sementes tradicionais no estado do Paraná, fortalecendo a articulação política de diferentes grupos e instituições. Seu objetivo principal é impulsionar a agroecologia como modelo referência para a produção de alimentos, garantindo maior autonomia e valorização das famílias agricultoras, tanto produtoras quanto consumidoras.

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Para Fernando Diniz, assessor de projetos da FLD, o encontro foi uma experiência marcante, especialmente por valorizar o protagonismo indígena na preservação da agrobiodiversidade. “Foi um evento fantástico, que destacou a importância da participação das comunidades indígenas e as colocou como protagonistas nesse processo”, afirmou. Ele destacou a formação de três novos guardiões de sementes e mencionou que o encontro possibilitou a troca e recuperação de espécies importantes, como a melancia indígena, o caxi e diversas variedades de batata-doce.

Fernando também falou sobre a doação, feita pela ABAI, de sementes do milho ancestral Guarani (Avaxi Ete´í, milho verdadeiro), reforçando que a recuperação destas sementes nutre o sentimento de identidade e pertencimento dos povos aos seus territórios. “Esses eventos são fundamentais para o fortalecimento dos povos, territórios, instituições e também das políticas públicas, essenciais para nossa luta”, comentou. 

Para Ines Fátima Polidoro, guardiã de sementes integrante da ReSA e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a verdadeira base da agroecologia está na resistência dos povos. “Mesmo diante de toda a opressão, os povos indígenas seguem apontando caminhos. Não dá para falar de técnicas agroecológicas sem reconhecer a história das comunidades que as mantêm vivas e que sempre protegeram as sementes”, afirma.

A realização do encontro contou com o apoio de diversas organizações comprometidas com a agroecologia, como a ABAI, AS-PTA, Assessoar, Coletivo Triunfo, Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais, Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores (FETAEP), dentre outras. Parte dessas iniciativas também compõem a frente de articulação rumo ao próximo ENA, que será sediado no sul do Brasil pela primeira vez.

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