Certamente vocês sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês (1 Coríntios 3.16)
Instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no ano de 1988, a data marca a luta, reflexão e mobilização, contra a epidemia e seus impactos sociais. O laço vermelho é o símbolo da campanha e remete à solidariedade, o acolhimento e o envolvimento com a causa. Quatro décadas depois da descoberta da doença, muitas pessoas ainda são culpabilizadas e discriminadas por conta do seu diagnóstico.
A data também integra a campanha internacional dos 16+5 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A violência doméstica contra as mulheres continua sendo um fator de vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV, contribuindo para um fenômeno denominado de feminização da epidemia de Aids. Prevenir a Aids é testemunho diaconal profético das igrejas, para erradicar o preconceito e a discriminação na sociedade. O amor de Deus acolhe e afirma vida digna e plena para todas as pessoas!
Sobre a escolha do texto bíblico:
Afirmar que as pessoas vivendo com HIV e Aids são templo do sagrado é uma afirmação revolucionária, frente ao conservadorismo religioso. Essa afirmação proporciona dignidade e aproximação de Deus. Muitas pessoas que vivem com AIDS foram convencidas a acreditar que a doença é consequência do pecado. É roubada toda a dignidade religiosa destas pessoas por meio de um discurso excludente e contrário ao Evangelho. Cria-se espaços de pessoas “puras” e “impuras”. Essa é uma concepção muito mais farisaica do que cristã. Por isso, é importante afirmar a vida plena e a dignidade concedida por Deus. É importante afirmar a vida e esvaziar a doença da sua capacidade destrutiva, pois a Aids não pode ser sinônimo de morte. Vida plena significa inclusão integral e acolhedora, nas comunidades cristãs.
Rogério Aguiar
Assessor de projetos da Fundação Luterana de Diaconia (FLD)