POR ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA FLD
O município de Alegrete (RS) recebeu a iniciativa Nem Tão Doce Lar, da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), entre os dias 11 e 13 de abril. As atividades, que incluem oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, exposição para visitação pública e rodas de diálogo, foram realizadas na cidade em parceria com a ONG Amoras.
Pela terceira vez em Alegrete e em parceria com a ONG, a exposição recebeu cerca de 300 estudantes e público geral, a fim de sensibilizar para o tema da superação da violência doméstica e familiar, além de tratar sobre a prevenção e incentivar a realização de denúncias.
“Ficamos extremamente felizes em, pela terceira vez, trazermos esta linda e necessária exposição para Alegrete. A Nem Tão Doce Lar traz uma reflexão sobre as formas sutis de demonstração de violências, muitas vezes banalizadas pelos integrantes da família. Ao propiciar a visitação às crianças e adolescentes, acreditamos que a percepção dessas ‘sutilezas’ pode auxiliar com a identificação e denúncias das violências sofridas”, ressaltou Ingrid Urbanetto, presidenta da ONG Amoras.
Além de Alegrete, a Nem Tão Doce Lar ainda irá percorrer, neste ano, as cidades gaúchas de Cachoeira do Sul, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria. Entre os dias 29 e 31 de março, a iniciativa esteve em Santo Ângelo (RS), marcando o início das ações de 2023.
Formação e exposição
Aberta ao público nos dias 12 e 13, a exposição da Nem Tão Doce Lar foi organizada na sede da ONG Amoras, junto à 10ª Coordenadoria Regional de Saúde. Ela é montada como uma típica casa familiar, repleta de pistas e informações, nos diferentes cômodos, que denunciam os diferentes tipos de violência sofrida por mulheres, crianças, jovens, pessoas idosas e com deficiência. Após a visita, os grupos conversaram em uma roda de diálogo conduzida pelas pessoas acolhedoras e acolhedores.
A turma do 5º ano do Ensino Fundamental da Emeb Eurípedes Brasil Milano visitou a exposição junto da professora Auristela de Oliveira Fernandes e da vice-diretora Caroline Pugliero. Auristela destacou o quanto a exposição fez as alunas e os alunos refletirem, quando retornaram para a sala de aula, sobre o que pode ser feito para combater a violência. “Essas iniciativas são fundamentais, visto que a violência está aí, batendo a porta da escola. Ela sempre existiu, mas, nesse momento, está muito aflorada e nós precisamos achar formas construtivas de resolver ou de amenizar essa situação.”
Além da exposição, a iniciativa contou com a oficina de formação para acolhedoras e acolhedores, que foi realizada no dia 11 de abril no auditório da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). A oficina foi um momento de reflexão e debate para entender o ciclo da violência e como é possível contribuir no seu enfrentamento, além de apresentação da metodologia da Nem Tão Doce Lar.
“A formação foi um momento muito importante, porque através dela podemos entender o que é a exposição. Também é um espaço de muito aprendizado, que vai além do teórico, porque possibilita uma visão abrangente da violência contra mulheres, crianças, idosos e LGBTQIA+”, afirmou Carolina Freitas de Oliveira Silva, integrante da ONG Amoras.